No domingo vi uma reportagem que me relembrou quantas pessoas neste momento passam fome, vivem no desespero de não terem meios de sustentar os filhos... fiquei com um nó na garganta e lágrimas por imaginar a quantidade de pessoas como eu e tu com tantas carências económico-sociais.
A verdade é que há uns bons anos atrás, quando estagiei num projecto de luta contra a pobreza, os meus olhos viram situações de pobreza extrema. Recordo cheiros, feições, e paredes a que chamam casas. Gente sem casa-de-banho. Sem luz. Lembro-me de um idoso em que o tecto do seu quarto estava suspenso por umas tábuas, que comia do mesmo prato que o seu gato. Lembro-me de abrir frigoríficos (quando os tinham) e ver apenas uns restos bolorentos. Lembro-me de no final do estágio juntar umas coisas, percorrer quilómetros e entregar alimentos retribuídos com sorrisos cansados de quem tudo falta.
Entretanto surgiram os "novos pobres" e mil e uma formas de viver e sentir a pobreza.
Por vezes fechamos os olhos no nosso conforto e é mais fácil nem pensar na quantidade de pessoas que sofrem por não terem acesso a bens elementares. Custa-me.
A pobreza não existe só no Natal. A pobreza existe todo o ano e com tendência a piorar. Gostava de fazer mais. A minha "veia" de assistente social puxa-me para fazer qualquer coisa. Ideias não faltam... mas ideias não matam fome!
A verdade é que há uns bons anos atrás, quando estagiei num projecto de luta contra a pobreza, os meus olhos viram situações de pobreza extrema. Recordo cheiros, feições, e paredes a que chamam casas. Gente sem casa-de-banho. Sem luz. Lembro-me de um idoso em que o tecto do seu quarto estava suspenso por umas tábuas, que comia do mesmo prato que o seu gato. Lembro-me de abrir frigoríficos (quando os tinham) e ver apenas uns restos bolorentos. Lembro-me de no final do estágio juntar umas coisas, percorrer quilómetros e entregar alimentos retribuídos com sorrisos cansados de quem tudo falta.
Entretanto surgiram os "novos pobres" e mil e uma formas de viver e sentir a pobreza.
Por vezes fechamos os olhos no nosso conforto e é mais fácil nem pensar na quantidade de pessoas que sofrem por não terem acesso a bens elementares. Custa-me.
A pobreza não existe só no Natal. A pobreza existe todo o ano e com tendência a piorar. Gostava de fazer mais. A minha "veia" de assistente social puxa-me para fazer qualquer coisa. Ideias não faltam... mas ideias não matam fome!
Eu não fui capaz de ver até ao fim... fiquei angustiada como disse no meu post. Como é que chegámos a este ponto em tão pouco tempo? :(
ResponderEliminarmesmo...
EliminarAinda que sejam apenas ideias, não deixam de ser um começo. Quem não tem ideias nestas circunstâncias, é porque nem pensa muita na pobreza que o rodeia.
ResponderEliminarbeijinho
Pois se começarmos com pouco já é alguma coisa! ***
EliminarIdeias matam fome se deixarem de ser ideias e passarem à prática.
ResponderEliminarArregaça as mangas e mãos à obra.
Também vi, e tens toda a razão.
ResponderEliminarBeijinhos <3